A manutenção de edifícios é uma atividade cuja importância económica é ainda reduzida em Portugal. Apesar de práticas comuns de outros países nesta área comprovarem os seus benefícios, há ainda um longo caminho a percorrer junto dos principais protagonistas do setor da construção civil, mas, também, junto dos próprios utilizadores.

Na gestão de edifícios podemos falar de dois grandes blocos:
– gestão na perspetiva económica;
– gestão tecnológica do edifício (constituído por partes que se degradam com a respetiva vida útil).
O edifício tem de ter um nível de gestão que permita a sua utilidade.

O custo de “posse” (manutenção) de um edifício, é comprovadamente muito superior ao custo da sua construção.

Um edifício em utilização custa em média 2% ao ano. Um apartamento que custe €200.000,00 (custo não preço), terá custos de manutenção na ordem dos €4.000,00/ ano.

A gestão do edifício com medidas estratégicas que o otimizem, pode baixar em 50% os custos de operação.

Olhando para estes números, e analisando os orçamentos aprovados pela generalidade dos condomínios, é fácil perceber que o “investimento” na gestão/ manutenção dos edifícios é manifestamente insuficiente.

Seria de esperar mais do legislador quanto a esta temática na última alteração promovida ao regime da propriedade horizontal.

Existe um tabu quanto aos (reais) custos de manutenção de um edifício.

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